quinta-feira, 13 de março de 2014

Eu não faço a menor ideia do que eu tô fazendo com a minha vida.


Hoje eu não fui pra universidade. Eu teria apenas uma aula, cujo assunto é até interessante se não fosse o professor absolutamente chato que ministra quase duas horas semanais da minha vida que eu sinto escorrerem pelo ralo feito a água suja dos pratos que lavei depois do almoço. A pior coisa é observar que eu não sinto animação em mais de 50% da carga horária do meu curso. Decidi estudar Direito desde os 9 anos de idade e esperava, planejava uma vida acadêmica genial. Artigos, viagens de intercâmbio, aprovação num concurso antes de me graduar. A questão é que depois de um ano e meio, eu quebrei a cara. Estudava pra caralho e via que não dava no ponto que eu tinha planejado. Passei num estágio remunerado não sei como eu consegui essa proeza e adoro trabalhar em um órgão do governo (mentira, eu gosto mesmo é do dinheiro). E daí é que eu recomendo o filme ‘Eu não faço a menor ideia do que eu to fazendo com a minha vida’. Na verdade, eu não recomendo. Porque se você se sente tão perdido feito eu, como uma barata tonta no meio de um shopping Center na véspera de natal, o filme não vai responder perguntas que você possa ter diante dessa vida cheia de interrogações como: o que vou fazer ao acabar a faculdade? No que eu sou bom a ponto de me dedicar absolutamente? Por que eu não encontro uma árvore que dá dinheiro e eu poderia viajar o mundo e fazer um blog sobre as comidas de cada país que eu visitasse? Até quando vou depender dos meus pais? Será que eu vou arranjar um emprego? Eu não sou bom em nada, o que porra eu vou fazer da minha vida? Pois é. Se você se pergunta TODOS OS DIAS uma dessas perguntas, eu te entendo e o filme não vai te ajudar. Mas tem a Clarice Falcão (sim, aquela da propaganda mais genial do mundo – a do Pão de Açúcar do o que faz você feliz txurururu é linda) e o filme é bem levinho e bem gostoso de assistir. Tem umas piadinhas legais e eu já mencionei que tem a Clarice Falcão? Não? É. Tem a minha cara metade se eu fosse gay. Ou não, eu caso com ela e o Gregório Duviver (que também está no filme) se eles forem poligâmicos. Mas voltando ao filme, eu recomendo porque você sente que não é o único do mundo que não faz ideia do que está fazendo, pra onde está indo, em como vai acabar tudo isso. Ou começar.


Não sei como acabar esse texto. Assim como o filme não me ajudou muito com minhas crises existenciais dos 20 e poucos anos de idade, a não ser confirmar que eu também não faço a menor ideia do que eu to fazendo com a minha vida. 

Como a Lorde diz: “It feels so scary getting old”.

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