segunda-feira, 6 de abril de 2015

Downton Abbey

Já tinha um bom tempo que meu amigo tinha me dado a cópia de um CD com a primeira temporada de Downton Abbey. Porém, a preguiça correria do dia-a-dia não me deixava parar para começar a assistir. Mesmo vendo as propagandas na GNT e achando tudo lindo, o CD se manteve guardado por alguns meses. Ou anos.

Até que nas férias de três meses com muito o que estudar mas sem coragem alguma e evitando assistir Girls porque eu sei que me abalará emocionalmente de uma maneira que eu não me aguentarei por alguns dias, decidi começar assistir a série inglesa que eu já sabia ser bastante premiada... Mas hoje eu penso, onde eu estava com a cabeça?


O vício foi instantâneo. Eu acabei a primeira temporada em dois dias e se eu contar os dias em que assisti as quatro temporadas, creio que totalizaria em duas semanas.

Eu depois de passar uma maratona de Downton
Downton Abbey é uma propriedade de uma família da aristocracia inglesa. Residência da família Crawley e seus empregados, a abadia é cenário de eventos históricos. Para começar, o primeiro episódio cita o fatídico dia do náufrago do Titanic em 1912 e as possíveis consequências da morte de alguns familiares na manutenção de Downton. Entretanto, a série conta com diversos outros acontecimentos históricos que fazem com que se torne ainda mais interessante de assistir e observar as mudanças culturais na sociedade inglesa: primeira guerra mundial, a presença da mulher no mercado de trabalho, homossexualidade, escravidão... Isso tudo é o que você precisa pra ficar situado na história.

É bom que você não tenha coração para assistir essa série em paz.
Agora para as minhas observações:

Como dito, a série é inglesa, então você sempre vai ficar babando pelo sotaque inglês lindo. Segundo, o casting é maravilhoso e só pra te deixar 'omg, i've gotta see it' tem a Maggie Smith, que está simplesmente fantástica na série e solta as frases que eu quero colocar em camisas para ir pra faculdade.


Terceiro, parece uma novela de época. E isso inclui os dramas. MEU DEUS, OS DRAMAS. Prepare seu coraçãozinho, porque Downton Abbey irá maltratá-lo de um jeito que você nunca sentiu antes. Eu já passei 30 minutos chorando agarrada com meu ursinho, salgando a pipoca com minhas lágrimas.

Separa a caixinha de lencinhos, amiga.
É tão novela que os vilões são tão ruins que quando aparecem cenas com eles você tem vontade de jogar o notebook pela janela.


E quando as pessoas legais sofrem na série, você apenas sofre e quer chorar junto com elas.




A série já está indo para sua sexta e última temporada. E eu só prevejo lágrimas.

LÁGRIMAS.


Mas olha, além de lágrimas, essa série roubou meu coração. Então coloca Downton Abbey na sua lista e seja feliz. Chorando, mas feliz.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Uzumaki, a espiral do horror.

Eu poderia começar o primeiro texto do ano dizendo que uma das resoluções de 2015 é escrever mais por aqui. Mas como eu já decepcionei uma das resoluções da minha agenda 2015, eu vou começar logo recomendando uma das últimas leituras de 2014.

Uma das minhas melhores amigas, a @burunax, é fã da cultura japonesa. Fã, na verdade, é um adjetivo fraco diante da coleção de mangás que há anos ela cultiva com seu irmão. Em novembro, eu me ofereci ela me convidou para arrumar todos os mangás nos armários novos que tinham ficado finalmente prontos. Note-se que quando eu digo mangás, eu me refiro a caixas e mais caixas com, no mínimo, mais de quinhentos mangás. Como nossa amizade já completou seis anos, fui introduzida no mundo dos quadrinhos japoneses há um certo tempinho. Mas foi nos últimos meses de 2014 que eu li um dos mangás mais sinistros de todos os tempos.

Enquanto arrumava e limpava, me deparei com Uzumaki, de Junji Ito.

O começo da parada.

- Que mangá é esse aqui? - Perguntei.

O Vitinho, irmão da minha amiga, olhou pras minhas mãos e logo comentou:

- Então, esse é o mangá mais sinistro de todos.
- Pff. Sério?
- Aham. É muito sombrio.
- Ok, vou ler durante o dia pra não ficar com medo. Kekekekekeke.
- Você tem medo de espirais?
- Hm.. não?
- Então talvez você comece a ter.

Pois é. Eu também não acreditei muito nas palavras dele. Até começar a ler o mangá.

Um gif só pra te mostrar como a parada pode ser sinistra.
Uzumaki não é assustador. Mas é extremamente sombrio e agoniante. Sim. Creio que a palavra correta para esse mangá é A-G-O-N-I-A-N-T-E. Com apenas três volumes, Uzumaki se passa numa pequena cidade em que coisas estranhas em espirais começam a acontecer. Desde os redemoinhos de água, as curvas do vento, as correntes do rio... Se você tem o cabelo cacheado, tipo eu, e tem muito medo, tipo eu, cuidado ao ler esse mangá.

Mesmo cacheado, pelo menos meu cabelo é curto. 
Apesar da história ser bem agoniante, tão agoniante que eu li o segundo volume correndo por estar fazendo tantas caretas no ônibus diante de uma história tão sinistra (fico pensando nas pessoas que estavam do meu lado se perguntando que djiabo eu estava lendo), o traço de Ito é bem detalhista o que faz você ter ainda mais agonia quanto a algumas personagens da história, como os caramujos shfeifbandoaed (desculpa, agonia que deu ao lembrar) humanos. Apesar de tanta coisa extremamente sinistra, achei o final o maior amorzinho. E se você não é fã de coisas sem pé nem cabeça, super comuns nos animes e mangás, então... tenta abrir a mente e dá uma chance pro Ito.

Eu lendo Uzumaki no ônibus.
Quer começar 2015 se sentindo corajoso? Leia Uzumaki, a espiral do horror.




P.S. Pra quem está com preguiça de ler, tem o filme. Que ainda não arranjei coragem pra assistir.

P.S.S. Tem disponível na net, galeris.

Sobre os familiares bolsonaristas

Conseguimos. Chegou a hora que o Jair já foi embora. Lula já tomou posse, Resistência subiu na rampa, o povo brasileiro passou a faixa para...