sábado, 9 de agosto de 2014

"What you call 'love' was invented by guys like me. To sell Nylons."

Eu poderia concentrar tudo o que eu acho de Mad Men em apenas uma personagem: Don Draper. Sim. Devo admitir que não foi a dica de um dos meus melhores amigos que me fez iniciar meu vício por essa série da HBO. Na verdade, não é da HBO, apesar de passar no canal aqui no Brasil (Estou vendo pelo Net Now, que está dispondo da série completa). Portanto, apesar do sexo frequente na série, você não verá peitinhos corpos nus como em True Blood.

Apesar de Don Draper, esse personagem maravilhoso, ser um dos principais chamativos do público feminino, a série acabou me revelando muito mais que apenas minha paixão por um cafajeste.



Iniciando-se na década de 60, Mad Men foca-se na história de uma agência de publicidade. Aliás, Mad Men era um ‘apelido’ para os publicitários da década de 50, como bem diz a série em seu primeiro episódio. A agência Sterling Cooper é uma das maiores da Madison Avenue, que promove o merchansing de uma das grandes empresas de tabaco dos Estados Unidos, a Lucky Strike. Sim, no decorrer da série você poderá ver diversas marcas como Topaz, Vick, Gilette, Heinz... E isso é uma das coisas mais divertidas de se observar.

Don Draper, muito bem interpretado por Jon Hamm, é o diretor de criação da Sterling Cooper. Casado, com dois filhos, Don Draper aparentemente é o rapaz exemplo pra sociedade. Ele é aquele velho "faça o que eu digo, não faça o que eu faço". Mas muitas coisas serão reveladas no desenvolver da história, e por mais que você tenha repulsa ou raiva por algumas de suas atitudes, você vai acabar se apaixonando pela personagem.  Assim como por Peggy Olson (Elizabeth Moss), a secretária de Draper. Bem, a antiga secretária de Draper. Não posso dizer muito, mas que ela não é apenas mais uma em uma paleta de cores de batom. (Aliás, a amizade entre esses dois será uma das coisas mais fofinhas de todas. SPOILER ALERT: Separe lencinhos para o 10º episódio da 5ª temporada).

Eu depois de uma maratona de Mad Men
Um ponto interessantíssimo da série é seu desenvolver temporal. Acompanhando a história dos EUA, veremos a morte de J.F. Kennedy (um dos melhores episódios que já vi), a viagem do homem à lua (que servirá de inspiração para uma das propagandas da Gilette), a moda dos Beatles (que de acordo com meu amigo, custou $ 250.000,00 para passar a música no fim do episódio, que vale dizer, também é genial), a Guerra do Vietnã...

A direção é fantástica. Terão cenas que simplesmente roubarão sua atenção (como as do fim da 5ª temporada). O figurino... nem se fala! Sendo uma sofredora tentando passar um delineador nos olhos, imaginem meu sofrimento vendo as maquiagens impecáveis. Principalmente na Joan, interpretada pela magnífica Christina Hendricks. Aliás, o elenco não deixa nada a desejar. Até personagens que você pode não gostar, você vai acabar sentindo simpatia por eles, como Pete Campbell, que às vezes parece fazer questão de ser irritante. Personagens secundários também roubaram meu coração, como Ken Cosgrove.

Cigarros, sexo, machismo é o que mais veremos. Aliás, é um dos pontos mais legais de observar: a evolução da mulher no mercado de trabalho. O que elas tiveram de fazer, de se humilhar para poder subir na hierarquia, para se mostrarem indispensáveis para o crescimento da empresa. Homossexualismo, alcoolismo, racismo, adultério também serão temas bem, e muito bem debatidos no decorrer da série.

A série conta com 7 temporadas. Quase não teríamos tanto. Mad Man sofreu um hiato da 4ª temporada (2010) para a 5ª (2012). Mas devo admitir: foi um hiato maravilhoso. Porque a 5ª temporada é simplesmente de te deixar sem fôlego. Minha irmã, que apenas pega alguns episódios comigo, chorou no 10º episódio da temporada. Apenas. Reflita. O. drama.

Trilha sonora é um dos pontos que mais me chamam atenção. Seja em séries ou filmes. Achei no youtube uma playlist da série. Começando é claro do tema de abertura. Simplesmente fantástico. Eu ainda não acabei de assistir tudo. Começarei a 6ª temporada amanhã. Mas eu tenho certeza absoluta que é uma série que não pode ser deixada de lado. Com vocês, Beautiful Mine, o tema de abertura de Mad Men:


E uma foto de Jon Hamm como Don Draper, porque vamos admitir. OMG.

Cara de : Posso fazer nada se sou irresistível.
BONUS: Na busca por gifs, encontro minha ídola, rainha e mestra de toda a minha vida, Liz Lemon, citando Mad Men, o que dá toda credibilidade para a série, vamos admitir mais uma vez:


Sobre os familiares bolsonaristas

Conseguimos. Chegou a hora que o Jair já foi embora. Lula já tomou posse, Resistência subiu na rampa, o povo brasileiro passou a faixa para...