sábado, 12 de abril de 2014

Cadê a erva?

Desde criança gostei de café. Não sei com quantos anos exatamente comecei a tomar. Mas definitivamente foi entre os quatro e cinco anos, porque aos seis eu sei que ele já acompanhava os biscoitinhos na casa da vó. Minha mãe sempre tomava com leite e o que eu mais gostava era quando ela estava perto de acabar a xícara, quando eu pegava as bolinhas de leite que se formavam no fundo (por ser leite em pó) inchadas pelo líquido mais gostoso do mundo. Ok, posso ser exagerada, mas é que eu realmente amo café. Vamos, o que te faz ficar disposta ao acordar e ter que ir pra faculdade ver uma aula chata? Uma xícara de café acorda. O que tomar pra ficar acordada ao ter que varar a noite estudando? CAFÉ. Tem gente que toma Red Bull, mas por favor. Aquilo é muito ruim (e pode te fazer ter um ataque cardíaco). O próprio título do blog aponta o amor que eu tenho pela bebida mais famosa do mundo. Os encontros com meus melhores amigos sempre acabam na cozinha, com uma garrafa de café e fatias de bolo. Uma porcentagem do meu salário de estagiária vai para café especial, assinatura de revista e material de preparo. E o meu projeto de TCC e mestrado, mas isso é outra história. Eu não sei porque me aprofundei tanto no tema café, porque o tema desse texto é chá.
Meu armário de ervas
Nunca gostei de chá. Lembro que quando tinha dor de barriga na casa da minha avó, ela me dava chá de boldo e eu só queria vomitar. Enchia a boca com aquela coisa ruim e cuspia no banheiro. Na minha casa, ninguém tomava chá. Minha mãe tomava café todas as noites até perceber que era viciada em cafeína. Vendo que ia ser difícil abandonar o hábito de tomar uma bebida quente no jantar, começou a tomar chá. Aqueles de saquinho mesmo. Diante dos traumas com os chás ruins da minha avó, permaneci firme por anos: NÃO GOSTO DE CHÁ. Até tentava tomar, porque achava bem bonitinho um saquinho pendurado na caneca (e eu achava lindo o povo inglês tomando o chá das cinco), mas não. Não dava certo. Minha onda mesmo era café. Até o dia que minha mãe começou a comprar a erva do chá e fazer infusão em casa. MEU MUNDO CAIU. Já tinha começado a estudar de verdade o café, e em uma revista especializada sobre a bebida, eu via que sempre tinha uma seção falando sobre chá. Iniciei no chá gelado (chá mate) e depois fui descobrindo descobrindo e agora, estou viciada em chá. O que não é algo ruim como ser viciada em café (minha mãe tinha enxaqueca se não tomasse). Eu também não sei porque me aprofundei tanto na minha experiência com chá, porque o tema desse texto é chá de saquinho.


Lady Grey, meu favorito.
Ao iniciar o hábito de tomar chá, eu só tomava o de erva e abominava os de saquinho. Sempre me diziam que era uma extrema diferença e que não valia a pena sair da erva (não, gente. Eu não sou maconheira). Mas diante do fato do café do estágio ser PÉSSIMO, eu tinha que arranjar uma alternativa de ter uma bebida quente acompanhando minhas leituras (eu moro em Maceió, que é quente pra caralho, mas quando se tem um hábito, é difícil de tirar). O que me restava? Testar o chá do saquinho. Um amigo me recomendou o da Twinnings, a famosa marca inglesa que faz os chás da rainha que havia acabado de chegar no Brasil. Testei. E amei. Claro que o chá preparado da erva é mais rico em sabores. Mas a praticidade do chá de saquinho e a variedade de blends ganhou meu coração de uma forma que nem sei viu? Hoje, eu compro mais caixinhas de chá que minha mãe, tomo umas três xícaras ao dia (comparado com uma ou duas de café) e tenho uma latinha que levo sempre na bolsa para guardar chás e poder tomar pra onde quer que eu vá.
Então se você não consegue gostar de café (sim, há quem não goste. Como? EU REALMENTE NÃO SEI), tenta o chá. E pra você, eu deixo o título do blog ser 300mldecha. Lady grey pode ser?

Para acabar esse post, a melhor música de chá:

Cadê a erva? (Não consegui colocar o vídeo. O Blogspot se nega a encontrar o vídeo pelo sistema de postagem)

Ah, George Orwell, sendo um verdadeiro inglês, fez um manual para os que tomam chá. Apenas acho que você deveria ler também.

Sobre os familiares bolsonaristas

Conseguimos. Chegou a hora que o Jair já foi embora. Lula já tomou posse, Resistência subiu na rampa, o povo brasileiro passou a faixa para...