sábado, 15 de novembro de 2014

O sanduíche da Oprah. Porque eu mereço.

Sabe aquele sábado tedioso que você passa no quarto lendo processos, fazendo petições iniciais, vendo o facebook por horas, passando o caderno a limpo para a prova de segunda feira... E para completar seu útero está próximo do período de sangria, logo seus hormônios estão loucos como os bêbados da última festa gay que você foi e seu humor uma verdadeira montanha russa, sujeito a lágrimas, abuso e gritos de raiva? Pois é. Esse foi meu sábado também. Diante desse sábado enfadonho, monótono, chato, maçante, fastidioso, insípido pra não dizer sábado de bosta do caralho mesmo, decidi pesquisar algo delicioso e fácil para tentar ir dormir com um pouco de alegria. Pelo menos uma alegria no bucho. 

Ante as diversas listas de comida salvas do Buzzfeed, o melhor site que essa internet já viu, encontrei essa receita: Oprah's Favorite Grilled Cheese. I KNOW! (GELLER, Monica). OPRAH'S!

It's so good, I can't even...
Por ter tido um dia chato e difícil, eu acho que eu mereço o sanduíche favorito da dyva Oprah.

Ingredientes:

Dois pães de forma
Queijo Havarti (Como eu não tinha isso em casa, coloquei parmesão e mussarela)
Fatias de tomate (cortei em cubinhos pra deixar mais charmosinho)
Mel
Manjericão fresco

Como ser feliz tipo a Oprah:

Coloque mel com ajuda de uma faca ou mesmo de um pincel de cozinha e espalhe de um lado das fatias de pão, coloque o queijo, ou como eu rale o parmesão, adicione o tomate e o manjericão. Para agregar ainda mais o sanduíche, coloquei mussarela (Working on my night cheeese - LEMON, Liz) e para dar um hadouken de sabor, meu amado, meu tempero favorito, pimenta do reino.

No chapa, em fogo baixo, espalhe azeite de ambos os lados do sanduíche e espere formar aquela crostinha de pura delícia. Tipo assim:

Ao virar o sanduíche, cuidado para pedacinhos de tomate não fugirem.
MUITO CUIDADO nesse momento. Qualquer olhada no celular, na TV ou desviada de atenção pode por em risco seu sanduíche da Oprah. E se tudo der certo, ele fica assim:

I've worked on my night cheese. Liz Lemon's truly padawan.
Orgulho.

sábado, 25 de outubro de 2014

EU QUERO CAFÉÉÉÉÉÉÉ!!!!


Eu sou bem suspeita para falar sobre café. Até já comentei aqui no blog sobre como sou degustadora dessa bebida dos deuses desde os meus quatro, cinco anos de idade. Nos últimos anos, temos visto o aumento das redes de cafés no Brasil com os famosos espressos (sim, espressos com s pela origem italiana da palavra), mas por outro lado, aquele velho mito de que o café, a cafeína e seus derivados fazem mal a saúde. Pois eu e um monte de cientista dizemos que NÃO! O café faz bem a saúde como vários outros alimentos, desde que consumido em quantidades razoáveis e não cinco garrafas ao longo do dia.

A primeira frase do dia.

Vai dizer que você não sente o botão ligar quando o primeiro gole de café quente entra na sua boca nas primeiras horas da manhã? Além de ajudar na memória e no desenvolver de atividades, ajudando na concentração, o café tem se mostrado um grande aliado do organismo na defesa de doenças como diabetes tipo II (aquele tipo de diabetes que pode se desenvolver no decorrer da vida). Uma pesquisa recente tem mostrado que o café é bom contra o Alzheimer! Sim, por isso que eu sempre me sinto mais disposta a estudar as inúmeras leis do Código Civil quando tem uma xícara de café do lado.

Requisito para começar a trabalhar.
Nem vou começar a falar do câncer. Pesquisas apontam que o consumo da bebida milagrosa de meu deus nosso senhor podem ajudar na proteção de câncer de próstata, ou seja, homens, bebam mais café, tirem foto e postem no instagram que é super sexy; no câncer de mama, ou seja, mulheres, bebam mais café e postem no instagram que mostra poder de mulher poderosa pronta pro trabalho. Vide Beyoncé:

"Estou aqui sendo poderosa com minha xícara de café"
Algumas pessoas dizem que uma xícara de café é um abraço quente. Apois o café é beijo, abraço, companheiro... Os estudos também apontam que mulheres consumidoras do Starbucks (BRIIINKS, vou adentrar nessa brincadeira adiante) sofrem menos de depressão que as que consomem milkshake da herbalife (estudo realizado a partir de minhas observações. Fontes de pesquisa: fotos do instagram, facebook e comentários do twitter). Além de combater suas crises existenciais, o comer ou não comer brigadeiro nessa TPM do capeta, o café alivia até as dores. Não só aquelas dores de coração, mas dores musculares.
O meu melhor amigo <3
Estudiosos (inclusive há um TCC na Universidade Federal de Alagoas acerca dos benefícios do consumo de café antes de exercícios físicos) dizem que beber essa maravilhosa bebida negra ajuda a combater doenças que atingem as artérias, ou seja, que podem resultar em um infarto. Logo, quando o coração apertar, seja em dor de amor ou dor de -posso morrer em breve-, vai no café da esquina e pede um coado, pelamordideus!

Apenas.

Agora sobre o Starbucks. Sendo fã de café, muitos dos meus amigos sabem que sou bem contra a maior rede de cafés do mundo. Não retiro seu mérito de espalhar o hábito de tomar um café a hora que quiser e onde quiser. Todos sabemos o sucesso e a agregação de valor ao sair na rua com um copinho daquele com seu nome escrito de canetinha preta. ENTRETANTO, PORÉM, TODAVIA, o café do Starbucks traz exatamente o que pode ser um problema nos inúmeros benefícios do consumo de café: a quantidade exagerada de açúcar, adoçantes, leites e afins. E sendo uma defensora da qualidade dos grãos brasileiros, a adição de todos esses frusfrus faz com que o sabor do café seja perdido diante de tanto chantilli, chocolate, crema, leite de soja...

Proteja o sabor do café! Diga não aos frufrus!
O que você prefere: gastar R$ 10,00 num copo de 200ml de café e 500ml de leite com Nescau ou R$ 18,00 num pacote de café de qualidade superior com desenvolvimento sustentável e que você pode fazer umas 20 xícaras em casa? E que ainda pode te proteger de câncer, depressão, infarto, diabetes, sono, cansaço, dores e afins? A Colômbia é um dos principais produtores de café do mundo e a empresa Nabob fez uma propaganda exatamente sobre a visão que se tem do café hoje em dia:



Escrevi esse textinho depois que li esse artigo da Atlantic (clica o link da palavra). Texto bem legal sobre todos esses benefícios (e as alegrias) contidos numa xicrinha de café.


Se você gosta dessa bebida linda, maravilhosa, incrível, saborosa, deixo aqui alguns links para leitura:

CoffeeLab: O CoffeeLab é um dos melhores cafés do mundo. SIM. Isabella Raposeiras é uma das profissionais mais respeitadas no ramo e é a dona desse cantinho mais charmoso e acolhedor que eu já estive quando se refere a café. Já fiz um mini curso e recomendo dar nem que seja uma passadinha para provar grãos de alta qualidade e conhecer os diversos métodos de preparo de café.

Análise sensorial de café no CoffeeLab.
Roast Magazine: Roast Magazine é uma revista norte-americana especializada no grão dos deuses. Assine a newsletter para receber matérias sobre desenvolvimento sustentável, comunidades produtoras, políticas que envolvem o mercado cafeeiro, novidades de grandes marcas como Nespresso e seu famoso sistema de cápsulas, curiosidade, pesquisas... A revista também tem página no Facebook.

Revista Espresso: A revista brasileira mais conhecida no ramo do café. Apesar de não disponibilizar muitas matérias online, a revista é incrível para os fãs da bebida. Com uma ótima coordenação editoral, além das matérias incríveis, a revista é uma coisa linda de se ver.

Dear Coffee, I love you: Querido café, eu te amo. Há mais o que falar?

Postinho do buzzfeed: Como fã do buzzfeed, tinha que compartilhar o link né, gente?

A bebida dos deuses.
Fontes das imagens: Tumblr e Google. 
Foto da análise sensorial no CoffeeLab por Bruna, fã incondicional do café e que subscreve esse texto.

sábado, 9 de agosto de 2014

"What you call 'love' was invented by guys like me. To sell Nylons."

Eu poderia concentrar tudo o que eu acho de Mad Men em apenas uma personagem: Don Draper. Sim. Devo admitir que não foi a dica de um dos meus melhores amigos que me fez iniciar meu vício por essa série da HBO. Na verdade, não é da HBO, apesar de passar no canal aqui no Brasil (Estou vendo pelo Net Now, que está dispondo da série completa). Portanto, apesar do sexo frequente na série, você não verá peitinhos corpos nus como em True Blood.

Apesar de Don Draper, esse personagem maravilhoso, ser um dos principais chamativos do público feminino, a série acabou me revelando muito mais que apenas minha paixão por um cafajeste.



Iniciando-se na década de 60, Mad Men foca-se na história de uma agência de publicidade. Aliás, Mad Men era um ‘apelido’ para os publicitários da década de 50, como bem diz a série em seu primeiro episódio. A agência Sterling Cooper é uma das maiores da Madison Avenue, que promove o merchansing de uma das grandes empresas de tabaco dos Estados Unidos, a Lucky Strike. Sim, no decorrer da série você poderá ver diversas marcas como Topaz, Vick, Gilette, Heinz... E isso é uma das coisas mais divertidas de se observar.

Don Draper, muito bem interpretado por Jon Hamm, é o diretor de criação da Sterling Cooper. Casado, com dois filhos, Don Draper aparentemente é o rapaz exemplo pra sociedade. Ele é aquele velho "faça o que eu digo, não faça o que eu faço". Mas muitas coisas serão reveladas no desenvolver da história, e por mais que você tenha repulsa ou raiva por algumas de suas atitudes, você vai acabar se apaixonando pela personagem.  Assim como por Peggy Olson (Elizabeth Moss), a secretária de Draper. Bem, a antiga secretária de Draper. Não posso dizer muito, mas que ela não é apenas mais uma em uma paleta de cores de batom. (Aliás, a amizade entre esses dois será uma das coisas mais fofinhas de todas. SPOILER ALERT: Separe lencinhos para o 10º episódio da 5ª temporada).

Eu depois de uma maratona de Mad Men
Um ponto interessantíssimo da série é seu desenvolver temporal. Acompanhando a história dos EUA, veremos a morte de J.F. Kennedy (um dos melhores episódios que já vi), a viagem do homem à lua (que servirá de inspiração para uma das propagandas da Gilette), a moda dos Beatles (que de acordo com meu amigo, custou $ 250.000,00 para passar a música no fim do episódio, que vale dizer, também é genial), a Guerra do Vietnã...

A direção é fantástica. Terão cenas que simplesmente roubarão sua atenção (como as do fim da 5ª temporada). O figurino... nem se fala! Sendo uma sofredora tentando passar um delineador nos olhos, imaginem meu sofrimento vendo as maquiagens impecáveis. Principalmente na Joan, interpretada pela magnífica Christina Hendricks. Aliás, o elenco não deixa nada a desejar. Até personagens que você pode não gostar, você vai acabar sentindo simpatia por eles, como Pete Campbell, que às vezes parece fazer questão de ser irritante. Personagens secundários também roubaram meu coração, como Ken Cosgrove.

Cigarros, sexo, machismo é o que mais veremos. Aliás, é um dos pontos mais legais de observar: a evolução da mulher no mercado de trabalho. O que elas tiveram de fazer, de se humilhar para poder subir na hierarquia, para se mostrarem indispensáveis para o crescimento da empresa. Homossexualismo, alcoolismo, racismo, adultério também serão temas bem, e muito bem debatidos no decorrer da série.

A série conta com 7 temporadas. Quase não teríamos tanto. Mad Man sofreu um hiato da 4ª temporada (2010) para a 5ª (2012). Mas devo admitir: foi um hiato maravilhoso. Porque a 5ª temporada é simplesmente de te deixar sem fôlego. Minha irmã, que apenas pega alguns episódios comigo, chorou no 10º episódio da temporada. Apenas. Reflita. O. drama.

Trilha sonora é um dos pontos que mais me chamam atenção. Seja em séries ou filmes. Achei no youtube uma playlist da série. Começando é claro do tema de abertura. Simplesmente fantástico. Eu ainda não acabei de assistir tudo. Começarei a 6ª temporada amanhã. Mas eu tenho certeza absoluta que é uma série que não pode ser deixada de lado. Com vocês, Beautiful Mine, o tema de abertura de Mad Men:


E uma foto de Jon Hamm como Don Draper, porque vamos admitir. OMG.

Cara de : Posso fazer nada se sou irresistível.
BONUS: Na busca por gifs, encontro minha ídola, rainha e mestra de toda a minha vida, Liz Lemon, citando Mad Men, o que dá toda credibilidade para a série, vamos admitir mais uma vez:


sábado, 3 de maio de 2014

All adventurous woman do.


Já falei aqui das dificuldades que eu sinto com tudo isso de crescer, de passar pra vida adulta. Eu sempre acho que todo passo que eu der, vai me fazer cair. Todo passo que eu der, vai ser em falso. E eu sempre acho que eu sou a única, do mundo inteiro, desse mundo de mais de um bilhão de pessoas que sente essa insegurança na vida. Até a Lena Dunham me dizer que não. Girls é simplesmente a melhor série que a HBO já pode produzir pra me afirmar que eu não estou sozinha no mundo. Escrita, dirigida, produzida e atuada pela voz da minha geração (Lena Dunham), Girls retrata a vida de um grupo de garotas em Nova Iorque: Shoshanna, estudante do NYU; Marnie, quer trabalhar com artes; Jessa, não sabe exatamente o que fazer da vida, viajou o mundo e Hannah, eu. Sim, porque já me disseram que a série poderia se chamar ‘A vida de Bruna’. Hannah, atuada por Dunham, é uma aspirante a jornalista, que apesar de saber que quer ser escritora, não sabe exatamente o que fazer. Eu sou estudante de Direito, mas também não sei pra onde ir.

E não somente sobre toda essa maré de dúvidas sobre a vida acadêmica-profissional traz a série. Todas as complicações amorosas que passamos, o início da vida sexual, as crises existencialistas que ocorrem a cada semana, o relacionamento com nossos pais, amigos... Drogas, álcool... A série é tão real que terão episódios que serão uma tapa na sua cara.

Um outro ponto super importantíssimo que eu vi na série é: aceite-se como você é. Atualmente, Dunham é citada como uma das líderes desse movimento na TV norte americana. Não estando nos padrões que sempre vemos nos programas de televisão, Lena aparece nua, confiante com seu corpo que não é esbelto feito a Khaleesi de Game of Thrones, mas que é lindo da sua maneira (com suas lindas tatuagens – sim, morro de inveja daquelas tatuagens). Em um episódio inteiro (o que as amigas vão a casa de praia), Dunham passou de biquíni. Para uma pessoa que sempre teve baixa auto-estima (como eu), a série te faz dar um basta na preocupação com que os outros pensam sobre seu corpo. Um foda-se mesmo. O corpo é meu e se eu me sinto bem nele, foda-se, mundo!

A direção é ótima, a fotografia linda, o figurino nem se fala, amo os vestidinhos e macacões da Hannah. A trilha sonora também não deixa a desejar (Vê só o final desse episódio - e eu também tenho um ex que é gay, o que me faz perceber a cada episódio que eu sou uma Hannah da vida). Mas o que eu mais amo é o roteiro. Existem diálogos que simplesmente te roubam a respiração. Como esse:

I don’t even want a boyfriend. I just want someone who wants to hang out all the time, and thinks I’m the best person in the world, and wants to have sex with only me. And it makes me feel very stupid to tell you this because it makes me sound like a girl, who wants to like go to brunch and I really don’t want to go to brunch, and I don’t want you to like sit on the couch while I shop, or like even meet my friends. I don’t even want that okay? And I don’t really see you hearing me, and I don’t really see you changing, so… I just summed it up. And I’m sorry that I didn’t figure it out sooner and you must think I’m even stupider than you thought already, but consider it a testament to your charms. Because you might not know this, but you are very, very charming. And I really care about you. And I don’t want to anymore because it feels too shitty for me. So I’m gonna leave.

Até agora, a série tem 3 temporadas. Há pessoas que só gostam da 1ª e simplesmente deixaram de assistir o resto. Eu amo toda a série, apesar de ter alguns episódios que deixaram a desejar na última temporada. Mas é que a Dunham conseguiu retratar tanto a minha vida, que eu virei sua fã incondicional.


A série volta em 2015 e até lá, Lena Dunham publica seu primeiro livro pela Random House (Outubro de 2014. Já vou fazer minha pré-compra na Livraria Cultura).


Então, eu recomendo Girls. Você vai ver que mesmo se sentindo meio sozinho diante de todas essas dúvidas que pipocam na nossa frente sobre ‘estar se tornando adulto’, você não é a única barata tonta assustada em ser pisada a qualquer momento. Somos uma legião de baratas tontas. Uma grande legião representada por Girls.


P.S. O buzzfeed fez um quiz para você saber que personagem na série você é. Meu resultado foi Hannah.

sábado, 12 de abril de 2014

Cadê a erva?

Desde criança gostei de café. Não sei com quantos anos exatamente comecei a tomar. Mas definitivamente foi entre os quatro e cinco anos, porque aos seis eu sei que ele já acompanhava os biscoitinhos na casa da vó. Minha mãe sempre tomava com leite e o que eu mais gostava era quando ela estava perto de acabar a xícara, quando eu pegava as bolinhas de leite que se formavam no fundo (por ser leite em pó) inchadas pelo líquido mais gostoso do mundo. Ok, posso ser exagerada, mas é que eu realmente amo café. Vamos, o que te faz ficar disposta ao acordar e ter que ir pra faculdade ver uma aula chata? Uma xícara de café acorda. O que tomar pra ficar acordada ao ter que varar a noite estudando? CAFÉ. Tem gente que toma Red Bull, mas por favor. Aquilo é muito ruim (e pode te fazer ter um ataque cardíaco). O próprio título do blog aponta o amor que eu tenho pela bebida mais famosa do mundo. Os encontros com meus melhores amigos sempre acabam na cozinha, com uma garrafa de café e fatias de bolo. Uma porcentagem do meu salário de estagiária vai para café especial, assinatura de revista e material de preparo. E o meu projeto de TCC e mestrado, mas isso é outra história. Eu não sei porque me aprofundei tanto no tema café, porque o tema desse texto é chá.
Meu armário de ervas
Nunca gostei de chá. Lembro que quando tinha dor de barriga na casa da minha avó, ela me dava chá de boldo e eu só queria vomitar. Enchia a boca com aquela coisa ruim e cuspia no banheiro. Na minha casa, ninguém tomava chá. Minha mãe tomava café todas as noites até perceber que era viciada em cafeína. Vendo que ia ser difícil abandonar o hábito de tomar uma bebida quente no jantar, começou a tomar chá. Aqueles de saquinho mesmo. Diante dos traumas com os chás ruins da minha avó, permaneci firme por anos: NÃO GOSTO DE CHÁ. Até tentava tomar, porque achava bem bonitinho um saquinho pendurado na caneca (e eu achava lindo o povo inglês tomando o chá das cinco), mas não. Não dava certo. Minha onda mesmo era café. Até o dia que minha mãe começou a comprar a erva do chá e fazer infusão em casa. MEU MUNDO CAIU. Já tinha começado a estudar de verdade o café, e em uma revista especializada sobre a bebida, eu via que sempre tinha uma seção falando sobre chá. Iniciei no chá gelado (chá mate) e depois fui descobrindo descobrindo e agora, estou viciada em chá. O que não é algo ruim como ser viciada em café (minha mãe tinha enxaqueca se não tomasse). Eu também não sei porque me aprofundei tanto na minha experiência com chá, porque o tema desse texto é chá de saquinho.


Lady Grey, meu favorito.
Ao iniciar o hábito de tomar chá, eu só tomava o de erva e abominava os de saquinho. Sempre me diziam que era uma extrema diferença e que não valia a pena sair da erva (não, gente. Eu não sou maconheira). Mas diante do fato do café do estágio ser PÉSSIMO, eu tinha que arranjar uma alternativa de ter uma bebida quente acompanhando minhas leituras (eu moro em Maceió, que é quente pra caralho, mas quando se tem um hábito, é difícil de tirar). O que me restava? Testar o chá do saquinho. Um amigo me recomendou o da Twinnings, a famosa marca inglesa que faz os chás da rainha que havia acabado de chegar no Brasil. Testei. E amei. Claro que o chá preparado da erva é mais rico em sabores. Mas a praticidade do chá de saquinho e a variedade de blends ganhou meu coração de uma forma que nem sei viu? Hoje, eu compro mais caixinhas de chá que minha mãe, tomo umas três xícaras ao dia (comparado com uma ou duas de café) e tenho uma latinha que levo sempre na bolsa para guardar chás e poder tomar pra onde quer que eu vá.
Então se você não consegue gostar de café (sim, há quem não goste. Como? EU REALMENTE NÃO SEI), tenta o chá. E pra você, eu deixo o título do blog ser 300mldecha. Lady grey pode ser?

Para acabar esse post, a melhor música de chá:

Cadê a erva? (Não consegui colocar o vídeo. O Blogspot se nega a encontrar o vídeo pelo sistema de postagem)

Ah, George Orwell, sendo um verdadeiro inglês, fez um manual para os que tomam chá. Apenas acho que você deveria ler também.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Spaghetti ao molho pesto com champignon e queijo brie.

Desde que eu voltei a escrever esse blog, uma das ideias foi me forçar a cozinhar. Porque eu sempre gostei de me aventurar na cozinha, mas nos últimos meses (ou anos?) tem sido difícil. A correria, a preguiça, a perda da coragem de viver... [pausa dramática]. Daí, dia desses assisti Julie e Julia e vi que eu só preciso organizar meu tempo e valorizar o que eu realmente gosto de fazer: dormir. Brinks. Dormir também, mas gastar mais tempo na cozinha e encher o bucho daqueles que amo. Nada melhor que um sorriso melado de molho de tomate dizendo de boca cheia: “tá uma delícia”. Nem estava no intuito de escrever um texto, mas a fome de meio dia de ontem resultou num prato (e felizmente num post para esse blog abandonado) muito, mas muito delicioso. A ideia inicial era fazer uma pizza, mas veio a dica de um spaghetti. Acabou que deu muito certo e além de ser ‘apenas’ maravilhoso e um dos pratos que mais me sinto orgulhosa de ter feito, é super saudável e quem é vegetariano pode fazer também.

O que você vai precisar?

Um pacote de spaghetti (usei um italiano 6B, bem fininho)
Um pacote de Champignon
Um pedaço de Queijo Brie (Você escolhe o queijo e a quantidade, escolha um cremoso, que não seja muito duro para que possa derreter ao entrar em contato com o macarrão recém cozido.O Brie ganhou o meu coração – mas só o coração mesmo, o bolso não gostou muito)
Cebolinha (se você quiser agregar valor sabor)

Para o molho pesto:

½ xícara de azeite
½ xícara de queijo parmesão ralado
2 xícaras de manjericão fresco (sem talos, tá?)
2 dentes de alho sem semente
Sal e pimenta do reino
Nozes.

Como eu vou preparar isso?

SUPER FÁCIL, MIGS. Recomendo que você prepare logo o molho. Numa tigela, jogue o azeite, as folhinhas de manjericão, os dentes de alho, sal e pimenta. Corte as nozes em pedacinhos BEM PEQUENININHOS e adicione a mistura inicial, junto com o queijo parmesão ralado. Jogue tudo no liquidificador.  E TXARAN! Pois é, simples assim.

Cozinhe o macarrão e enquanto estiver no fogo (costuma ser 8 minutos, mas com o macarrão italiano que usei passou cerca de  11 minutos, mas depende do seu gosto também), corte as cebolinhas, o champignon e o queijo brie.


Escorra o macarrão e reserve numa daquelas tigelas grandes em que você possa colocar o spaghetti e misturar com o molho pesto, as cebolinhas, o champignon e o brie (fiz isso com a ajuda de dois garfos mesmo). Coloque no seu prato, rale um pouco mais de queijo parmesão em cima e ponha um galhinho de manjericão. Só pra fechar o charme e se achar um Jamie Oliver da vida.


O tempo que você vai gastar para fazer esse prato delicioso é de apenas 30 minutinhos. E esse tempo pode também ser bem prazeroso ao som de Nujabes (um músico japonês genial e que ganhou meu coração) e a companhia de algumas garrafas de cerveja e pedaços de queijo brie pra tapiar a fome enquanto você está cozinhando.


You are the personification of all god's blessings” - Nujabes

quinta-feira, 13 de março de 2014

Eu não faço a menor ideia do que eu tô fazendo com a minha vida.


Hoje eu não fui pra universidade. Eu teria apenas uma aula, cujo assunto é até interessante se não fosse o professor absolutamente chato que ministra quase duas horas semanais da minha vida que eu sinto escorrerem pelo ralo feito a água suja dos pratos que lavei depois do almoço. A pior coisa é observar que eu não sinto animação em mais de 50% da carga horária do meu curso. Decidi estudar Direito desde os 9 anos de idade e esperava, planejava uma vida acadêmica genial. Artigos, viagens de intercâmbio, aprovação num concurso antes de me graduar. A questão é que depois de um ano e meio, eu quebrei a cara. Estudava pra caralho e via que não dava no ponto que eu tinha planejado. Passei num estágio remunerado não sei como eu consegui essa proeza e adoro trabalhar em um órgão do governo (mentira, eu gosto mesmo é do dinheiro). E daí é que eu recomendo o filme ‘Eu não faço a menor ideia do que eu to fazendo com a minha vida’. Na verdade, eu não recomendo. Porque se você se sente tão perdido feito eu, como uma barata tonta no meio de um shopping Center na véspera de natal, o filme não vai responder perguntas que você possa ter diante dessa vida cheia de interrogações como: o que vou fazer ao acabar a faculdade? No que eu sou bom a ponto de me dedicar absolutamente? Por que eu não encontro uma árvore que dá dinheiro e eu poderia viajar o mundo e fazer um blog sobre as comidas de cada país que eu visitasse? Até quando vou depender dos meus pais? Será que eu vou arranjar um emprego? Eu não sou bom em nada, o que porra eu vou fazer da minha vida? Pois é. Se você se pergunta TODOS OS DIAS uma dessas perguntas, eu te entendo e o filme não vai te ajudar. Mas tem a Clarice Falcão (sim, aquela da propaganda mais genial do mundo – a do Pão de Açúcar do o que faz você feliz txurururu é linda) e o filme é bem levinho e bem gostoso de assistir. Tem umas piadinhas legais e eu já mencionei que tem a Clarice Falcão? Não? É. Tem a minha cara metade se eu fosse gay. Ou não, eu caso com ela e o Gregório Duviver (que também está no filme) se eles forem poligâmicos. Mas voltando ao filme, eu recomendo porque você sente que não é o único do mundo que não faz ideia do que está fazendo, pra onde está indo, em como vai acabar tudo isso. Ou começar.


Não sei como acabar esse texto. Assim como o filme não me ajudou muito com minhas crises existenciais dos 20 e poucos anos de idade, a não ser confirmar que eu também não faço a menor ideia do que eu to fazendo com a minha vida. 

Como a Lorde diz: “It feels so scary getting old”.

terça-feira, 11 de março de 2014

Que beijo doce que ele tem.


Consigo me lembrar vividamente do meu primeiro beijo. Era a primeira vez que tínhamos nos visto depois de semanas conversando na internet. Tínhamos amigos em comum. Quando os créditos começaram a aparecer na telona à nossa frente, ele segurou minha mão e me beijou. E daí, eu comecei a rir. Sim. Comecei a rir loucamente e ele perguntou se estava tudo bem. Disse que sim e pedi desculpas. Ele me beijou novamente e o riso voltou. Pois é, meu primeiro beijo não foi lá tão romântico, mas foi engraçado e me traz uma memória boa para ser contada. Mas mesmo rindo, eu sentia que aquele momento era especial. O primeiro beijo. Sentir pela primeira vez aquela pessoa de uma forma mais íntima; sentir os corpos mais próximos um do outro e fechar os olhos devagar ao que os lábios vão se aproximando timidamente. Ou não. Pode ser que o primeiro beijo entre estranhos seja mais violento, mais apaixonante, mais rápido, mais ofegante. Sentir toda a energia do corpo naquele processo. Boca com boca, mãos na nuca, mãos na cintura. Tudo está sendo guiado por aqueles lábios como um maestro regendo uma orquestra. Pode ter trilha sonora, seja a banda que está tocando no show ou apenas as pessoas conversando ao redor. Pode ser um beijo curto, pode ser longo. Tão longo que vai se perdendo a respiração. E você sente a vontade de puxar o ar dos pulmões do outro naquele beijo. Pode ser no fim do filme, durante o filme. Pode ser no carro do amigo (ou de um estranho). Pode ser na mesa do bar. Pode ser na porta do banheiro do bar. Não importa.

O primeiro beijo sempre será inesquecível.

O vídeo, dirigido por Tatia Pilieva, foi feito como propaganda para a marca de roupas Wren Studio. Ela reuniu modelos, atores, músicos e afins para o vídeo que acabou sendo uma lindeza (até eu senti as borboletas no estômago ao lembrar dos meus primeiros beijos) e já tem mais de 11 milhões de visualizações no youtube em apenas um dia de exibição!

Licença, gente. Vou ali procurar um estranho lindo como dessa propaganda pra beijar e sentir o frio na barriga. Volto já.

ATUALIZAÇÃO: Jimmy Fallon teve uma ideia melhor que a da Pilieva. Assista:




Sobre os familiares bolsonaristas

Conseguimos. Chegou a hora que o Jair já foi embora. Lula já tomou posse, Resistência subiu na rampa, o povo brasileiro passou a faixa para...