quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Se bate de leve dói, bate de com força mata.

Eu estou começando agora a dar realmente valor para a cultura brasileira. Não que eu nunca tenha dado, mas numa sociedade onde os cantores estrangeiros (em sua maioria cantantes em inglês) tomam conta das rádios; os best-sellers das nossas livrarias são dominados por auto-ajuda ou ficções de escritores também estrangeiros, eu sentia que eu não dava o devido valor a nossa cultura... tão rica e ainda assim tão 'deixada para lá'. Sim, eu vou aos shows do Zeca Baleiro, do Luiz Melodia, do Bonde do Rolê (sim, por que não?), mas eu não me via entrar na internet para buscar novos cantores brasileiros. Ou ir na biblioteca da universidade e locar um livro de literatura daqui, da terra. Quando fui a São Paulo ano passado, houveram dois eventos culturais que me fizeram ter vergonha dessa minha "atitude". A primeira foi uma palestra que assisti de Ariano Suassuna. Simplesmente fantástica e que já me fez ler um de seus livros. A segunda foi um pocket show do Edgard Scandurra, o ex guitarrista do Ira!. Nesse show de bolso que ocorreu na FNAC, ele cantou uma música que ganhou meu coração: Eu menti pra você, da cantora Karina Buhr. Quando cheguei em casa, ouvi suas músicas e simplesmente me apaixonei pela cantora baiana que tem um pé em Pernambuco e outro em São Paulo. Juro que passei bem uns 4 meses só a ouvindo no meu celular. Nem sabia que já tinha ouvido sua voz na trilha sonora da novela Cordel Encantado (uma das melhores novelas que a Globo já produziu - e não é porque eu sou nordestina). Com um sotaque pernambucano carregado (e lindo), uma atuação de palco incrível (eu ainda não pude ver um show ao vivo, só no youtube) e letras muito bem escritas (e que vão te fazer cantar por mais de mês), Karina Buhr é uma boa dica para quem está querendo (como eu) se aventurar no novo cenário musical brasileiro, que por sinal não está deixando a desejar com Criolo, Emicida, Cícero, Tulipa Ruiz... 

Ah, a Buhr também é uma ótima ilustradora, tendo seus desenhos em encartes de discos e afins.

Quer ouvir? É só entrar no site oficial: http://karinabuhr.com.br . Mas vou deixar aqui, uma das minhas músicas favoritas:



P.S. Estou aqui, tentada a quebrar meu cofrinho e comprar o vinil dela... R$ 94,90.
P.S.2. Para comprar cds e produtos (como quadros) é só entrar nesse site.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O hobbit


O universo do Senhor dos Anéis sempre me chamou a atenção. Em 2001, quando foi lançado A Sociedade do Anel, eu tinha apenas 10 anos e nem conhecia os livros escritos pelo grande Tolkien. Mas sempre fui uma criança que gostava de ficção, então loquei os dois primeiros filmes para assistir em casa e ainda pegar o terceiro filme da saga no cinema. Aos treze anos, em 2003, passei quase 4 horas de muita alegria assistindo um dos filmes que entrou na minha lista de favoritos (e merecedor de 11 oscars). Já sendo uma admiradora, em 2010 tive oportunidade de ler O Hobbit. Para quem já tentou ler O Senhor dos Anéis, sabe que é uma leitura um pouquinho cansativa pela extensa descrição dos lugares, dos personagens... E isso acaba um pouco com a paciência de quem lê. Para quem não sabe, O Hobbit foi escrito antes da grande saga de Frodo e explica exatamente como o tio dele, Bilbo Bolseiro, encontra o grande anel. Tolkien deu início ao livro considerado infanto-juvenil em 1937 e até hoje é cultuado ao redor do planeta. Para quem está procurando um livro para ler, recomendo o Hobbit. É uma daquelas leituras que você não querer parar, vai levar o livro para todos os cantos: a fila do banco, a fila da padaria, a espera do ônibus... Ao saber que Peter Jackson ia trazer de volta toda a magia da Nova Zelândia (e quando eu vi os anões lindos do filme),  separei um espaço na agenda para ver o filme no cinema. Diferente do Senhor dos Anéis, que possui um caráter mais sombrio, o Hobbit vai fazer você se divertir, rir e chorar (sim, eu me emocionei em algumas partes). A trilha sonora está impecável (fiquei #bolada porque não foi indicada ao oscar); Gandalf está de volta e para as fãs de Sherlock, Martin Freeman interpreta o Bilbo muito bem.

Então se você está livre, não tem provas para se preocupar como eu, está de perna pro ar, sem fazer nada, separa um tempinho (quase 3 horas, para ser exata), compra aquela pipoca e vai no cinema.

Para quem já assistiu o filme, se apaixonou pela Nova Zelândia e deseja visitar o país dos Hobbits, planeje sua viagem com a companhia aérea da propaganda a seguir:


P.S. Esqueci de dizer que o Hobbit será uma trilogia. Mas é só livro! - Você diz. Pois é. A questão é que O Hobbit foi escrito antes do Senhor dos Anéis e muitos detalhes foram explicados em anotações de rodapé que formaram 150 páginas no Retorno do Rei (o último livro da trilogia famosa do Tolkien). Provavelmente a produtora queria mais lucro e Peter Jackson queria manter uma fidelidade maior para os fãs da literatura tolkiana. Tolkiana? Tolkieniana? Tolki...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

The Help

Long time, no see!

Primeiro: Feliz ano novo! Segundo: Sim, eu sei. Há tempos que não posto nada aqui. Mas uma das minhas resoluções de ano novo é postar toda semana alguma coisa aqui. Nem que seja um boa noite. Já fizeram suas listas de metas para 2013? Uma das minhas é acabar com a preguiça. Outra é assistir um filme por dia. E outra é ler pelo menos um livro ao mês. Livro de literatura, não esses de direito. E para dizer que já ando cumprindo ao menos uma dessas resoluções, vou dar uma dica de filme.



The Help.

Minha irmã já tinha me falado sobre ele. Mas a faculdade e as coisas do dia-a-dia me fizeram esquecê-lo na pasta de downloads do computador. Depois de uma soneca (sim, esqueci da meta 'acabar com a preguiça'), vi que o filme tinha começado no Telecine. Protagonizado por Emma Stone (uma das minhas atrizes favoritas), Viola Davis e Octavia Spencer (que ganhou o Oscar pelo papel), o longa retrata a vida das empregadas domésticas nos EUA na década de 60. Baseado no livro de Kathryn Stockett, Vidas Cruzadas (ainda quero descobrir quem traduz os títulos de filmes aqui no Brasil) apresenta a dificuldade que era ser negra numa sociedade branca e absurdamente racista. Os EUA não tiveram o Apartheid como a África do Sul, mas teve (e ainda tem) uma segregação racial presente na população: desde ônibus para pessoas brancas e outro para pessoas 'de cor', até a construção de banheiros fora da casa dos patrões para as domésticas (por motivos de higiene). O filme é produzido por Chris Columbus (sim, o diretor dos primeiros dois filmes do Harry Potter e o diretor do Enigma da Pirâmide) e o figurino é lindo. Vou até pegar algumas imagens e mostrar para minha costureira. É um drama, mas com boas pitadas de comédia. Octavia Spencer simplesmente rouba a cena quando aparece com seu jeito meio rude e ao menos tempo amável.

Um bom filme para começar o ano.

Sobre os familiares bolsonaristas

Conseguimos. Chegou a hora que o Jair já foi embora. Lula já tomou posse, Resistência subiu na rampa, o povo brasileiro passou a faixa para...